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Economistas: Portugal pode tornar-se foco da atenção dos mercados

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Os problemas de Portugal podem vir a concentrar a atenção dos mercados depois de a Irlanda ter formalizado o seu pedido de ajuda à União Europeia e ao FMI, consideram os economistas contactados pela agência de informação financeira «Bloomberg».

Na Irlanda, após o ministro das Finanças ter anunciado o pedido de ajuda, os juros da dívida soberana aliviaram para 7,943 por cento, abaixo dos 8,118 por cento de sexta feira, enquanto o spread face à dívida alemã, ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações irlandesas em vez de alemãs, segue nos 541,0 pontos base.

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Já os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos de Portugal estavam a negociar nos 6,747 por cento no mercado secundário, acima dos 6,726 por cento registados no final da semana passada e o spread face à dívida alemã está em 410,2 pontos base nos títulos a 10 anos.

Carsten Brzeski, economista do banco holandês ING, acredita que com o resgate da Irlanda vai ser impedido o contágio a outros países europeus «no curto prazo, mas não no médio prazo».

«O resgate acalma os mercado e dá a outros países espaço para respirar, sobretudo a Portugal», afirmou citado pela Lusa.

No entanto, outro analista considerou que «agora a questão é quem será o próximo», pondo em cima da mesa as hipóteses Portugal e Espanha.

«Se Portugal for obrigado a pedir ajuda, os mercados vão voltar a sua atenção para a Espanha e aí não sei o que o Governo [de Zapatero] vai fazer», disse Edro Schwartz, economista da Universidade San Pablo, em Madrid.

Recorde-se que o ministro das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos, disse no domingo que o «significativo» plano de ajuda para a consolidação financeira da Irlanda «alivia receios, reduz a incerteza e reforça a confiança dos mercados», sendo «positivo para a estabilidade da Zona Euro».

Teixeira dos Santos negou que tenha planos para solicitar ajuda externa, acrescentando que Portugal dispõe de «um sistema bancário moderno, sofisticado, bem regulado e supervisionado, resiliente e bem capitalizado» e tem também uma «estratégia clara, e adequada, de consolidação orçamental e de reformas estruturais» visando o reforço da sua competitividade e do seu crescimento potencial.

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