O economista norte-americano Martin Feldstein considerou esta quinta-feira que a situação financeira e económica da Grécia é irrecuperável se o país se mantiver na zona euro, aconselhando o regresso ao dracma, embora admita o «caos» a curto prazo.
«A Grécia está num estado terrível, penso que não pode ser solucionado, não há solução», disse o antigo conselheiro do presidente Ronald Reagan e atualmente professor na Universidade de Harvard, em entrevista à televisão Bloomberg, em Copenhaga, onde participa numa reunião do Instituto Internacional de Finança, o órgão que representa os credores privados da Grécia.
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Embora admitindo que a saída da moeda única pode gerar o «caos a curto prazo», Feldstein considera que o regresso ao dracma poderia desvalorizar a moeda e fazer a Grécia regressar ao crescimento e ao fortalecimento do mercado de emprego.
A Itália, por outro lado, «está em bastante boa forma», analisa o economista, elogiando o primeiro-ministro italiano.
Em Espanha, considera que o Governo tem de impedir que as autoridades regionais aumentem o défice, que é «um problema maior» que a crise bancária.
Sobre os líderes europeus, o economista norte-americano considerou que já perceberam que o problema da crise da dívida «é sério», mas afirma que, mesmo na iminência de uma reunião importante no final deste mês, falta uma «estratégia de longo prazo» sobre como lidar com os Estados membros.
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