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FMI confiante na recuperação económica espanhola

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Strauss-Kahn saúda medidas «difíceis e duras» do país vizinho para combater défice

O director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, manifestou-se esta sexta-feira confiante na recuperação da economia espanhola, saudando as medidas «difíceis e duras» tomadas pelo Governo para combater o défice.

Portugal e Espanha não são comparáveis

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«Estou realmente confiante nas perspectivas da economia espanhola, se os esforços que tiveram que ser feitos forem feitos. O que vejo hoje é que esses esforços estão a ser feitos», afirmou aos jornalistas depois de um encontro com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

Strauss-Kahn destacou o facto do rácio da divida relativamente ao PIB ser em Espanha melhor do que em muitos outros países europeus, tendo aumentado mas permanecendo «baixo».

Defendendo diferentes velocidades de medidas, dependendo da situação em cada país, o director do FMI considerou especialmente importante a realização dos testes de esforço ao sector financeiro, bem como a divulgação pública dos resultados.

Austeridade pode exercer pressão sobre crescimento

«Os testes de stress são muito importantes. A crise começou nos EUA e no sector financeiro e ainda há pressão sobre o sector. Fazer estes testes e decidir publicá-los, como decidiu o Conselho Europeu, é absolutamente crucial», afirmou.

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Reconhecendo, por outro lado, que as medidas fiscais de controlo do défice podem exercer pressão sobre o crescimento, o director do FMI defendeu que se deve, em paralelo, avançar nas reformas estruturais, especialmente no que toca ao mercado laboral.

No caso espanhol, onde essas mudanças estão em curso, Strauss-Kahn disse que o país continua com «um enorme potencial de crescimento».

O responsável do FMI explicou que veio a Madrid a convite de Zapatero, depois de uma digressão a vários países europeus marcada pela «preocupação sobre o crescimento», nomeadamente quando comparada a outras regiões do globo.

«A recuperação vai mais rápida na Ásia e América Latina, não vai mal nos Estados Unidos, mas os países europeus continuam com taxas de crescimento de apenas entre 1 e 2%», afirmou.

O responsável do FMI recordou que os problemas fiscais afectam, apesar disso, muitos outros países além da Europa, e que a situação se deve não particularmente às medidas de estímulo adoptadas mas sim à descida na actividade económica.

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