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Lagarde saúda progressos na negociação em Atenas

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FMI lembra, contudo, que falta fazer mais para Atenas receber resgate

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, aplaudiu esta quinta-feira o acordo a que chegaram os partidos políticos gregos quanto a um novo plano de austeridade no país, e considerou o acordo encorajador.

«Há claramente notícias muito encorajadoras vinda de Atenas», disse Lagarde, à chegada a uma reunião de ministros das Finanças da Zona Euro, que decorre em Bruxelas, para avaliar se Atenas está em condições de receber o novo resgate, no valor de 130 mil milhões de euros.

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«Depois de todo o trabalho feito ultimamente, penso ser positivo», acrescentou a líder do FMI que, no entanto, avisou que «há ainda mais a fazer».

Já antes, o porta-voz do FMI, Gerry Rice, tinha dito numa conferência de imprensa de rotina, que Atenas precisava de fazer mais para receber novo pacote de resgate.

«É essencial um grande apoio político para o programa, e essa é a razão porque nós, no FMI, com os nosso parceiros europeus, levámos todo este tempo para debater com os dirigentes políticos gregos medidas para um eventual novo programa», disse.

Rice considerou ser necessário que Atenas adopte mais medidas económicas e fiscais para receber o pacote de auxílio de 130 mil milhões de euros que, para evitar a bancarrota, o país necessita até 20 de Março, quando tem de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos credores de dívida pública.

«Um passo inicial importante foi assegurar o acordo entre os líderes da coligação em Atenas, e o próximo passo é continuar as discussões, nessa base. É preciso fazer mais e esse é objetivo do novo programa», acrescentou Gerry Rice.

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O porta-voz destacou a importância de levar a cabo reformas no mercado de trabalho da Grécia e alinhar os salários face à produtividade do país. «Penso que existe um acordo alargado sobre o que é preciso fazer. O que estamos ainda a debater é como o fazer», acrescentou.

O FMI vai financiar cerca de um terço do novo resgate à Grécia, que também só deverá acontecer porque os países da moeda única acreditam que Atenas já chegou a acordo com os credores privados quanto à reestruturação da dívida, que permite retirar cerca de 100 mil milhões de euros do peso da dívida grega.

O acordo a que chegaram hoje os partidos políticos que apoiam o governo de unidade nacional grego implica o despedimento de 15 mil funcionários públicos, um corte de 22 por cento no salário mínimo e uma redução de 15 por cento nas pensões complementares.

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