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«The Economist»: «Recessão é óbvia para todos menos para o Governo»

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A crítica é dura: o Governo de José Sócrates não reagiu na altura certa e agora deverá levar o país à recessão. O «The Economist» escreve que dificilmente esse cenário será evitado, enquanto o «Financial Times» considera que dificilmente serão cumpridas as medidas de consolidação orçamental.

Na sua edição online, o «The Economist» começa por fazer uma comparação entre a situação portuguesa e a espanhola, falando até na forma como nos dois países se encara a tourada. Enquanto os espanhóis matam o touro na arena, os portugueses matam-no atrás das paredes, depois de o picarem todo. As medidas de combate ao défice têm uma medida similar, com Sócrates a ficar mal na fotografia. O título da notícia é: «A desculpa de Sócrates».

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Espanha «entrou a matar», entrando forte no corte da despesa e no congelamento das pensões, enquanto Portugal «cortou nos salários dos políticos, aumentou o IVA e adiou as grandes infra-estruturas». Os espanhóis evitam a «tempestade» enquanto Portugal bateu «valores recorde» na dívida nacional:

«Agora Sócrates foi forçado a admitir o erro com a apresentação de um novo pacote de austeridade tão duro como o de Espanha. Que a recessão se vai suceder a este aperto fiscal parece óbvio para todos menos para o Governo, que projecta um crescimento de 0,2% para 2011. O Barclays Capital aponta para uma contracção de 1,1% da economia portuguesa no próximo ano».

Agora, após uma dura negociação com o PSD, Sócrates tem de se esforçar para «fazer crescer a economia», recordando a solução inscrita no último relatório da OCDE: «Tornar o mercado de trabalho mais flexível, apostar na melhoria das escolas e aumentar a eficiência do sistema legal».

Já o «Financial Times» , num artigo assinado pelo correspondente Peter Wise, escreve sobre a dificuldade em cumprir as medidas de consolidação orçamental.

«Portugal poderá falhar a meta orçamental fixada para este ano e a incerteza quanto às propostas orçamentais para 2011 colocou pressão renovada nos custos de financiamento do país», refere, apontando a análise do Commerzbank, que apelida como «muito improvável» o cumprimento metas fixadas para este ano.

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