O turismo grego, motor da economia do país, deverá perder entre 7% e 9% das receitas este ano face a 2009, num reflexo da crise social e económica que abala o país.
Quanto ao número de turistas no verão, este ano deverá ser muito semelhante ao de 2009, com a Grécia a registar 15 milhões de visitantes.
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No entanto, deverá haver «uma queda nas receitas entre 7 e 9 por cento», disse à agência France Presse Georges Telonis, presidente da Associação das Agências de Viagens, acrescentando que a queda é menor do que se temia, escreve a Lusa.
Apesar de um início de temporada «trágico», a redução das receitas «pode ser inferior a 7%», disse na quinta-feira o secretário de Estado do Turismo, George Nikitakis, perante o parlamento grego.
Mas outros responsáveis pelo sector não estão tão confiantes, como o director da Federação das Empresas de Turismo, George Drakopoulos: «A possibilidade de este verão poder ter sido pior não é motivo para triunfalismos».
Agosto restabeleceu a normalidade
A indústria do turismo tem sido uma das vítimas dos distúrbios que abalaram a Grécia na Primavera, após as medidas de austeridade impostas pela União europeia e pelo Fundo Monetário Internacional para salvar o país da falência.
A imagem de uma capital com constantes manifestações, a morte de três pessoas numa dependência bancária em Maio, e as repetidas greves que pararam os transportes provocaram uma avalanche de cancelamentos por parte de turistas, que preferiram a Turquia ou o Egipto.
Para enfrentar este problema, o Governo ainda se comprometeu a compensar os turistas afectados, mas ainda não foi aprovada a lei que estabelece o procedimento a seguir.
No entanto, Agosto restabeleceu a normalidade na ocupação dos hotéis gregos, o que permite aos responsáveis pelo sector do turismo estimarem uma perda de receitas abaixo da inicialmente calculada.
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