Não houve acordo na reunião desta manhã entre Tsipras e os credores. Segundo as agências internacionais, continuam a estar duas propostas em cima da mesa, que transitam para o Eurogrupo desta tarde. Mas antevê-se que o acordo não chegue hoje, pelo menos nas palavras do ministro espanhol.
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Dando conta de uma proposta conjunta acordada entre as instituições - Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) -, Jeroen Dijsselbloem afirmou que a mesma foi rejeitada pelo Governo grego, pelo que é necessário ouvir agora as suas "ideias", designadamente "aquilo com que concordam e discordam" relativamente aos documentos sobre a mesa, e "negociar-se-á a partir daí".
Entretanto o ministro das Finanças de Malta, Edward Scicluna, revelou aos jornalistas que Atenas enviou nova proposta aos credores, depois da reunião da manhã. fontes adiantam que há ministros que se recusam a analisar duas propostas.
De manhã chegou o ultimato dos credores a Atenas, a apenas um dia do prazo que haviam dado para chegar a um acordo: Tsipras tinha até às 10:00, hora de Lisboa para apresentar uma nova base de trabalho, ou seja, novas propostas, aos credores. A reunião entretanto já terminou.
Caso não o tenha feito, os credores vão submeter as suas próprias propostas à reunião do Eurogrupo, às 12:30 de Lisboa o que, segundo fontes da UE, é o que vai acontecer, já que as negociações foram "muito difíceis" para os dois lados.
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Fonte do Govenro grego, citada pela Reuters, adianta que as propostas que Atenas apresentou eram realistas e que o país tem mostrado disponibilidade para encontrar uma solução.
Caso não cheguem a acordo, há a possibilidade de agendar um Eurogrupo para sábado.
A informação é revelada pelas agências internacionais, numa altura em que os credores apertam o certo ao governo de Tsipras. O Banco Central Europeu decidiu manter o teto de financiamento de emergência à banca grega (ELA).
E, uma vez mais, o banco central mostra-se disponível para reunir nas próximas 24 horas, para decidir se há necessidade de uma nova injeção de liquidez na banca grega. No total, o BCE já injetou 8,2 mil milhões de euros na banca grega, para fazer face à fuga massiva de depósitos devido ao receio de que o país entre em default.
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Só esta semana já houve proposta de Atenas e contraproposta dos credores, que ambos os lados rejeitaram. O líder parlamentar do Syriza, Nikos Filis, classificou mesmo de “chantagem” a contraproposta vinda das instituições.
O Eurogrupo desta quarta-feira terminou sem acordo, numa altura em que começa realmente a esgotar-se o tempo para Atenas conseguir o dinheiro de que precisa para cumprir o pagamento ao Fundo Monetário Internacional.
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