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OE2011: BE quer saber onde estão os 4.500 milhões para o BPN

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Louçã pergunta ainda porque há 3 mil milhões de euros de dívida a mais

O coordenador do Bloco de Esquerda diz que o Orçamento do Estado tem «dois capítulos secretos», já que o buraco do BPN não figura no documento e que existem três mil milhões de euros a mais para cobrir o défice.

«Até agora, o ministro das Finanças, que se desdobrou em entrevistas e em declarações, e comentários e em escritos, nunca conseguiu responder ao país sobre o que acontecerá aos 4500 milhões de euros do buraco do BPN, são nove submarinos, o que significa um montante igual ao da consolidação orçamental no próximo ano», afirmou Francisco Louçã, citado pela Lusa.

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As palavras de Louçã foram proferidas na abertura das jornadas parlamentares do BE, em Viseu, numa intervenção centrada no Orçamento para 2011 onde defendeu que há aspectos que precisam de ser esclarecidos.

«Se a conta do BPN entrar, como um dia tem que entrar, ou na dívida ou no défice, nós teremos a duplicação da política da austeridade, da política da bancarrota, que já ocorre no próximo ano, e desse capítulo não se sabe nada», referiu.

Para o coordenador bloquista, só há uma certeza: «Um dia os contribuintes pagarão o desvario financeiro, a roubalheira do BPN, o descontrolo das contas, a irresponsabilidade completa, de um Estado que não obrigou os accionistas a responderem pelos seus actos».

Para que é precisa tanta dívida?

Sobre o endividamento, Francisco Louçã também acha que há aspectos «escondidos» e assinalou que o défice previsto para o próximo ano «será de 4,6%, cerca de 8 mil milhões de euros, mas o aumento da dívida que cobre esse défice ultrapassa em muito esse valor e é de 11 mil milhões de euros».

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«Onde estão os outros três mil milhões? Para que é que são precisos? Porque é que estão no Orçamento?», interrogou.

«A única resposta neste capítulo escondido é esta, é para proteger o sistema financeiro que afundou a economia portuguesa, é preciso que haja uma almofada de segurança, uma protecção, é preciso socorrê-los ainda de novo se assim for preciso, para lhes entregar três mil milhões se eles assim o requererem», acrescentou.

O líder do BE antecipou que 2011 trará «uma recessão» e que a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo «enfraquece os laços de um Estado que não responde pelas suas responsabilidades numa economia em desagregação».

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