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Opinião: «Riscos antidemocráticos» sobem em Portugal

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Marcelo Rebelo de Sousa aponta para os riscos provocados pela debilidade da Europa

O professor de Direito Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta terça-feira que a «debilidade do processo europeu» faz multiplicar os «riscos antidemocráticos» em Portugal, onde o projecto europeu está «indissociavelmente ligado» à democracia.

«O projecto europeu foi um projecto indissociavelmente ligado à nossa democracia. De alguma maneira, o fracasso do projecto europeu ou da nossa participação no projecto europeu era um fracasso da nossa democracia», defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela Lusa.

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No congresso internacional sobre os 25 anos da União Europeia, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o antigo presidente do PSD recordou que «durante muito tempo se dizia que a realidade europeia era um seguro contra riscos antidemocráticos».

«O que é verdade. A debilidade do processo europeu significa uma multiplicação de riscos antidemocráticos».

Perante aqueles que perguntem «como isso é possível», o constitucionalista respondeu que «tudo é possível num quadro do fracasso do euro, da Europa e, portanto, das virtualidades da democracia».

«Acho melhor não brincar com o fogo. Quem normalmente está a brincar com o fogo é a senhora Merkel e o senhor Sarkozy e mais uns tantos. O nosso poder de brincar com o fogo é muito relativo, nem doutor Barroso tem muito poder para brincar o quer que seja», disse Rebelo de Sousa.

Contudo, o comentador político considerou que o contributo de Portugal deverá ser o de «fazer um esforço para poder sobreviver no euro e ter um padrão de vida compatível com a sua realidade de criação de riqueza».

«Aquilo que podermos ajudar, devemos ajudar».

Quem também manifestou preocupações com a crise europeia foi o constitucionalista Jorge Miranda, para quem a Europa corre sérios riscos de desagregação.

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