A Comissão Europeia saudou o reforço das medidas de consolidação orçamental para os próximos três anos anunciadas esta sexta-feira pelo Governo português, que considera que serão «suficientes» para atingir as metas de défice estabelecidas até 2013.
Pouco depois de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciar em Lisboa medidas adicionais já para este ano, para poupar 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), bem como para 2012 e 2013, cortando custos na ordem dos 2,4% do PIB na despesa e 1,3% de aumento da receita, o comissário dos Económicos, Olli Rehn, elogiou o «conjunto significativo de novos compromissos» assumidos por Portugal.
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«As medidas adicionais de consolidação orçamental imediatas ascendem a 0,8% do PIB em 2011. As medidas anunciadas para 2012 e 2013 atingem respectivamente 2,5% e 1,2% do PIB. Isto deverá ser suficiente para alcançar as metas ambiciosas de défice de 4,6% do PIB em 2011, 3% em 2012 e 2% em 2013», declarou citado pela Lusa.
Medidas «testemunham» empenho de Portugal
De acordo com Rehn, as medidas anunciadas «testemunham o empenho» das autoridades portuguesas em «assegurar a sustentabilidade orçamental, reforçar o sistema financeiro e aumentar o potencial de crescimento e a flexibilidade da economia» portuguesa.
«Saúdo e apoio este pacote de medidas abrangentes e concretas. É um fortalecimento importante das políticas macroeconómicas portuguesas», comentou.
O comissário europeu saudou igualmente «o compromisso de reformas estruturais abrangentes, designadamente com vista a mais reformas do mercado de trabalho e do sector financeiro», que deverão «impulsionar o crescimento económico e corrigir outros desequilíbrios».
Para Olli Rehn, o pacote de medidas anunciado por Portugal, num dia em que os líderes da Zona Euro se reúnem, em Bruxelas, para discutir medidas para contrariar futuros ataques à dívida soberana, ajudará o país a «ganhar de novo controlo sobre a dinâmica da dívida e a pôr fim a determinadas incertezas».
A terminar, o comissário concluiu que os compromissos do Governo português contribuem de forma importante para a «necessária resposta global à crise da dívida soberana».
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