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BCE deixa «mensagem muito forte» a Portugal

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Jean-Claude Trichet quer que país aplique austeridade de forma rigorosa e convincente

É um aviso sério que poderá fazer tremer a confiança do primeiro-ministro, depois de terem sido conhecidos, por antecipação, os dados da redução do défice do Estado em Janeiro. Parece que o corte de quase 60% em termos homólogos não convenceu assim tanto o Banco Central Europeu. O seu presidente veio deixar este domingo uma «mensagem muito forte para Portugal».

O que pede Jean-Claude Trichet? Que o país aplique o plano de austeridade «tão rigorosamente e tão convincentemente» quanto possível.

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«Apelamos a todos os Governos europeus, sem excepção», afirmou o banqueiro central no final da reunião do G20, que decorreu nos últimos dois dias em Paris.

O aviso é para todos, sim, mas em especial para Portugal, o único citado. «Temos uma mensagem muito forte para Portugal, assim como para os outros». «Cabe aos países serem convincentes» face à desconfiança dos mercados internacionais relativamente à capacidade de alguns países da zona euro cumprirem os seus compromissos financeiros. E aqui Portugal tem sido visto como o próximo na fila a ter de pedir ajuda, depois da Grécia e da Irlanda. Correm até rumores em Bruxelas de que o resgate vai acontecer em Abril, algo que o Governo português desmente categoricamente.

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Espanha também já veio dizer, este domingo, que Portugal não precisa de ajuda. E a Alemanha garante que não está a pressionar o Governo.

FMI deixa aviso

Já o presidente do Fundo Monetário Internacional diz que é essencial que os países da Zona Euro reduzam os níveis de dívida pública nos próximos anos. A maneira mais fácil de o fazer é aumentar as taxas de crescimento das suas economias.

Dominique Strauss-Kahn manifestou-se «confiante» que as decisões da reunião de Março dos chefes de Governo europeus vão convencer os investidores da solidez europeia no combate à crise da dívida soberana. «Os mercados não são tudo, mas são importantes»; «é preciso fazer alguma coisa que seja vista, e não só pelos mercados, como algo que funciona».

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Se uma solução «vier tarde demais, estamos sempre atrás da curva», disse Strauss-Kahn numa entrevista à televisão da agência financeira Bloomberg depois de reunir com as autoridades financeiras do G20.

Apesar do optimismo de Strauss-Kahn, a resistência política à transferência de fundos entre os países pode fazer o plano descarrilar, analisa a Bloomberg, lembrando que a Alemanha tem feito depender o aumento do fundo de resgate de 440 mil milhões de euros da aprovação de um plano que aumente a competitividade dos países em maiores dificuldades, como é o caso da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.

De realçar ainda que os juros da dívida pública não têm dado tréguas a Portugal e que, segundo Pacheco Pereira, «estivemos no limite da bancarrota» na última emissão de dívida que efectuámos.

[Notícia actualizada às 16h25 com declarações da Alemanha]

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