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Dívida: Estado vai pagar mais de 2 mil milhões em juros

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O Estado já pediu, este ano, 14 mil milhões de euros mas o tecto é de 17,4 mil milhões. Especuladores já ganharam 30 milhões a mais com dívida nacional

O Estado português está a ser cada vez mais penalizado no acesso ao crédito. Prova disso é que até ao final do ano, e segundo previsões do próprio Governo, o Estado terá de pagar 2,3 mil milhões de euros em juros.

O «Jornal de Negócios» diz que este valor vai acrescentar mais 1,5 pontos ao défice orçamental, numa altura em que Portugal está a ser perseguido pelos especuladores, que estão a fazer negócio à conta das dúvidas que eles próprios lançam sobre a «nossa economia».

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Juros voltaram hoje às subidas

O líder do BE, Francisco Louçã, disse ontem que os especuladores internacionais meteram ao bolso uma diferença de 30 milhões de euros. «30 milhões que são dos contribuintes portugueses, [os especuladores] enriquecem à custa de todos os boatos que lancem contra a economia portuguesa e, portanto, fá-lo-ão todos os dias. Será uma telenovela sem fim se não lhe pusermos termo», alertou.

Certo é que o custo da dívida pública de curto prazo está a descarrilar face ao esperado. Estima-se que ao longo dos próximos anos, Portugal tenha de pagar mais 850 milhões em juros, por causa da dívida pública.

Governo vai hoje ao Parlamento dar a sua visão

Só este ano o estado já pediu emprestados mais de 14 mil milhões de euros e o tecto é de 17,4 mil milhões.

Por isso, Louça já pediu ao Governo - numa conferência de imprensa que se realizou esta quarta-feira no Parlamento - uma «atitude frontal» contra os que preconizam uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal e as «operações de chantagem» que «promovem a especulação».

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«Ter contas certas e de confiança é uma das respostas frontais contra todos aqueles que alimentam dúvidas sobre a economia portuguesa e, portanto, promovem a especulação», sustentou, frisando que um Orçamento que siga esta linha permitirá «orientar a política económica no próximo ano para a criação de emprego, a recuperação da economia e, por essa via, o aumento das receitas do Estado para pagar os serviços públicos essenciais», defendeu.

Recorde-se que o Governo vai esta quinta-feira ao Parlamento dar a sua visão sobre a situação orçamental.

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