O Bank of America/Merrill Lynch não traz projecções nada animadoras para Portugal e para Espanha. A economia nacional vai mesmo precisar de ajuda, segundo o relatório das perspectivas macroeconómicas para o ano que vem. E a seguir a Portugal, virá o país vizinho.
O principal problema luso prende-se com o sector público e o de Espanha com o sector bancário, sublinha o mesmo documento, citado pelo jornal «Expansión».
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Apesar de as medidas de austeridade decretadas pelo Governo português irem pelo caminho certo, fazem ainda falta outras para manter controlar o nível da dívida pública. E, mais uma vez, há uma referência às reformas estruturais e à produtividade.
Em Espanha, embora «as finanças públicas estejam sob controlo», os bancos podem necessitar de mais capital, um risco que pode ter efeitos na dívida soberana. A agência de notação financeira Moody`s já ameaçou cortar o rating espanhol mantém a perspectiva negativa sobre os bancos do país.
A pressionar está também a dificuldade das famílias em pagar as suas dívidas, numa altura em que a taxa de desemprego já ronda os 20%.
O Merril Lynch aplaude, no entanto, as medidas de José Luiz Zapatero para liberalizar o mercado de trabalho e incentivar o investimento. Ainda assim, é preciso agilizar algumas reformas.
Mercados: tensão vai aumentar no início de 2011
Se o resgate vier mesmo a acontecer, será incontornável a necessidade de um mecanismo adicional, um reforço do fundo europeu.
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O Merril Lynch alerta ainda para o intensificar das tensões nos mercados no princípio do ano que vem, com a Zona Euro debaixo de todos os holofotes.
«É mais barato prevenir-se contra o risco de default na China, Brasil, Rússia e Índia, do que em Portugal, Irlanda e Espanha. Mas se compararmos os índices de liberdade e de facilidade em fazer negócios, os países europeus encontram-se numa posição mais confortável».
Uma opinião partilhada também pelo Unicredit que acredita que Portugal vai ter de pedir ajuda à UE/FMI em 2011. Veja aqui
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