A Caixa Geral de Depósitos (CGD) considera «aceitável» o preço oferecido pela venda da sua participação na Cimpor, ainda que «suscetível de melhoria», e que a decisão de vender se insere no processo de desalavancagem e de centralização no negócio bancário.
«Avaliado o atual enquadramento do mercado e da própria operação, a CGD considerou, no caso concreto da Cimpor, o preço oferecido aceitável, mesmo que suscetível de melhoria», disse esta segunda-feira o banco, em comunicado à imprensa.
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Segundo a CGD, não podem ser feitas comparações com anteriores ofertas pelas ações da cimenteira «dada a alteração profunda de circunstâncias em que a economia portuguesa e a empresa atualmente operam».
A instituição liderada por José de Matos anunciou, na sexta-feira, a venda da participação de 9,58% que detém na Cimpor no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela brasileira Camargo Corrêa sobre a cimenteira portuguesa.
Já hoje a CGD explicou que esta decisão insere-se na «estratégia de desalavancagem prevista, para todo o setor financeiro português, no Programa de Assistência Económica e Financeira», e que a Caixa vai levar a cabo através da alienação de participações não core do grupo «de forma a preservar, tanto quanto possível, o necessário contributo para o financiamento da economia portuguesa», tal como defende o memorando de entendimento assinado com a troika.
Além disso, acrescenta o grupo, a venda desta participação na Cimpor está ainda «subordinada ao previsto no acordo parassocial em vigor que [a CGD] assinou com a Votorantim Cimentos».
A Caixa Geral de Depósitos sublinha ainda, no comunicado, que a OPA foi lançada «pela exclusiva iniciativa da InterCement», a empresa detida a 100 por cento pela Camargo Corrêa.
As ações da Cimpor encerraram a sessão desta segunda-feira, a primeira a seguir ao lançamento da OPA, a disparar 9,40%, para os 5,47 euros - mesmo assim abaixo dos 5,50 euros oferecidos pelos brasileiros.
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