O presidente do BES disse esta terça-feira ser «totalmente falso» a participação da instituição numa alegada operação de fusão da Portugal Telecom (PT) com a operadora brasileira Oi.
«Isso é totalmente falso. O BES não toma iniciativas nesse campo. O que houve foram afirmações de um jornal brasileiro que eu saiba que foram reproduzidas em Portugal, nada mais», disse Ricardo Salgado, citado pela Lusa, após inaugurar o BES Cabo Verde.
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No sábado, o «Diário Económico» escreveu que «os principais accionistas da PT estão a estudar uma possibilidade de fusão com a operadora brasileira Oi, de forma a encontrar uma alternativa no Brasil que permita obter luz verde do Governo à venda da Vivo».
De acordo com este jornal, a operação permitiria defender os interesses estratégicos de Portugal com a permanência no mercado brasileiro - argumento do Estado para vetar o negócio - e, por outro lado, a fusão seria viável para os accionistas, privados e públicos, dado que o Governo brasileiro «não aceita ceder o controlo da Oi a investidores portugueses».
No domingo, dia 4 de Julho, tanto a PT como a Ongoing negaram estar a estudar qualquer fusão com a Oi.
Ricardo Salgado defende alternativas no Brasil
Para o presidente executivo do BES, cabe à administração da PT tomar qualquer decisão a esse respeito.
«Se a administração da PT decidir recorrer aos serviços do BES Investimentos para esse efeito, fará o favor de fazer, assim como pode recorrer aos serviços de outros bancos» comentou.
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Ricardo Salgado manifestou-se, no entanto, convicto acerca da existência de alternativas no mercado brasileiro.
«Acreditamos que haja [alternativas] e tão mais fortemente quanto o Presidente Lula [da Silva] já por diversas vezes reafirmou que gostaria de ver a PT no Brasil e, portanto, acreditamos que possam haver oportunidades para desenvolver a PT no Brasil e noutros países» declarou Ricardo Salgado.
O BES é um dos accionistas de referência da PT e na assembleia-geral da operadora, no dia 30 de Junho, votou a favor da venda dos 50 por cento da Vivo à Telefónica, cuja proposta é de 7,15 mil milhões de euros.
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