A Associação Portuguesa de Bancos (APB) disse esta segunda-feira à Lusa que o acordo sobre as novas regras para os bancos, definido no Comité Basileia III, é «adequado para que os mercados reforcem a confiança no sector bancário».
Em cima da mesa estão regras mais apertadas para que a solidez dos bancos esteja assegurada em futuras crises.
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Este domingo, o Comité Basileira III definiu que os bancos têm até Janeiro de 2019 para aplicar as novas regras.
«Os prazos são perfeitamente compatíveis para a adopção das novas regras e suficientemente largos para que não criem uma pressão excessiva sobre os bancos que, no caso português, cumprem já basicamente estes critérios», disse fonte oficial da APB.
«É fundamental que se assegure que estas regras venham a ser respeitadas em todos os países, de maneira a que a banca europeia não fique em desvantagem competitiva», adiantou a mesma fonte.
Com as novas regras, os bancos serão agora obrigados a deterem mais capital e activos menos arriscados, de forma a limitarem os riscos tomados na concessão de crédito e na negociação de activos, o que deverá torná-los mais resistentes a choques financeiros semelhantes aos que se têm assistido nos últimos anos.
Bancos vão ter dificuldades em obter liquidez
Fonte oficial da APB disse que o acordo inclui apenas o «enquadramento geral de Basileia III» e sublinhou a importância da «calibragem dos diversos indicadores», como o peso a atribuir a cada tipo de riscos e as definições específicas dos instrumentos que serão aceites como TIER I e TIER II.
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Para os bancos nacionais, acrescentou a fonte da APB, «os aspectos essenciais nos próximos tempos continuarão a ser a dificuldade de obter liquidez nos mercados internacionais e a baixa rentabilidade da banca».
Os analistas consideram que os prazos concedidos pelos reguladores para a aplicação das novas regras para a banca, com maiores exigências de capital, permitirão que os bancos portugueses, que já cumprem os rácios mínimos, se adaptem à nova realidade.
«Economia europeia não vai ficar afectada»
Quem também aplaudiu estas novas regras foi o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, para quem estas medidas não vão afectar as economias europeias.
«A economia europeia não vai ser afectada por estas medidas. Com esta decisão, os bancos têm agora credibilidade planeada», disse o ministro, aos jornalistas.
«Com estas medidas vão ser retiradas importantes consequências da crise financeira de há dois anos»,concluiu Schaeuble.
bancos nacionais cumprem requisitos de capital
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