A necessidade de financiamento dos bancos portugueses junto do Banco Central Europeu (BCE) disparou. Só em Maio foram pedidos 35 mil milhões de euros, ou seja 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo dados do Banco de Portugal.
Este valor contrasta com os pedidos de financiamento realizados em Abril: cerca de 17 mil milhões de euros.
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Já face a Maio de 2009, a diferença ainda é mais clara: o valor pedido este ano foi sete vez maior.
Isto prova, claramente, as dificuldades de liquidez da banca nacional junto das congéneres internacionais e dá sinais de que o aperto para as famílias e empresas acederem ao crédito bancário vai continuar.
Um aperto que se vai reflectir tanto nos spreads como nos critérios de concessão para novos empréstimos.
Ao mesmo tempo, este estrangulamento financeiro dos bancos portugueses deixa-os mais vulneráveis nos financiamentos de grandes projectos, como o TGV. Isto porque, por um lado, serão obrigados a recorrer a empréstimos elevados, difíceis de obter neste momento, ao mesmo tempo que torna o crédito necessariamente mais caro.
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