O financiamento da banca portuguesa junto do Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar em Fevereiro, desta vez em 70 milhões face a Janeiro, atingindo os 41.078 milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal.
Este é, de resto, o maior nível desde Agosto do ano passado, um mês de máximos, em que a banca tinha créditos na ordem dos 49.124 milhões de euros, tendo por base os mecanismos de cedência de liquidez que o BCE disponibiliza aos bancos europeus.
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O recurso ao financiamento do BCE por parte da banca nacional reflecte assim «a dificuldade de acesso ao mercado monetário interbancário, tal como sucede noutros países periféricos europeus que enfrentam crises da dívida soberana, devido aos receios dos investidores quanto à subida dos défices e dívidas públicos», dizem os analistas, citados pela Reuters.
O valor alcançado em Fevereiro representa também o terceiro aumento consecutivo em contas de final de mês. Em Janeiro, a corrida dos bancos portugueses aos empréstimos da instituição liderada por Jean-Claude Trichet foi superior em 100 milhões face a Dezembro.
Isto depois de entre o final de Outubro e Novembro, a dependência ter caído bruscamente. Só que a tendência dos últimos três meses meses tem sido bem diferente. Embora os empréstimos tenham descido do patamar histórico de Agosto de 2010, a verdade é que continuam num nível relativamente elevado.
E se na semana passada os principais banqueiros portugueses referiram que é desejável que os bancos diminuam a dependência junto do BCE, o Banco de Portugal admite que a corrida pode manter-se a um ritmo significativo este ano. E também no próximo.
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