O Banco Central Europeu veio esta quarta-feira fazer novo apelo a Portugal a Portugal no sentido de o país encontrar um caminho sustentável para a dívida pública e para o crescimento económico. E um dos caminhos é a contenção salarial.
«Recomendo vivamente que as autoridades portuguesas continuem a tomar medidas com vista à implementação de reformas estruturais indispensáveis», disse o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, na resposta a uma carta do eurodeputado Diogo Feio.
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Embora acolha «com agrado» as medidas de consolidação orçamental e as reformas estruturais aprovadas pelo Governo nos últimos dois meses do ano passado, o BCE faz questão de frisar, na carta publicada no seu site, «os desafios que se colocam», todos eles «relacionados com a melhoria da competitividade e o reforço do crescimento a longo prazo».
Para chegarmos a bom porto, Trichet aconselha reformas no mercado de trabalho, direccionadas para o aumento da concorrência, em particular no sector dos bens não transaccionáveis, mas também «o aumento da flexibilidade do processo de formação dos salários».
Tudo isto terá de ter por base «uma estratégia de moderação salarial». Só por esta via é que se conseguirá «face à subida acentuada da taxa de desemprego resultante da crise».
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