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Sócrates nega pedido «desesperado» de ajuda a Merkel

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Telefonema terá ocorrido na semana passada, altura em que Portugal enfrentou o primeiro grande teste no mercado para emitir dívida de longo prazo. Primeiro-ministro nega tudo

[Notícia actualizada às 13h20 com reacção do primeiro-ministro]

O primeiro-ministro terá telefonado a Angela Merkel, na semana passada, para um pedido «desesperado» de ajuda, comprometendo-se a fazer tudo o que fosse preciso em troca de apoio europeu, avança esta quarta-feira o jornal «The Guardian», citando testemunhas que terão presenciado o telefonema entre a chanceler alemã e José Sócrates.

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A conversa terá ocorrido na semana passada, quando Portugal enfrentou o primeiro grande teste no mercado para emitir dívida de longo prazo e precisamente numa altura em que a chanceler alemã se pronunciou sobre os compromissos assumidos por José Sócrates: «O primeiro-ministro português assegurou-me, por mais do que uma vez, que se a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu ou o Fundo Monetário Internacional considerarem que as medidas não são suficientes, Portugal está preparado para responder às questões e tomar novas medidas se for preciso».

Contactado por telefone pela TVI, o primeiro-ministro negou veemente tal episódio e disse que não mantém contacto com Merkel desde o último Conselho Europeu, ou seja, ainda não falaram este ano.

Ainda segundo o «The Guardian», na conversa que José Sócrates diz não existir não terá estado em causa um pedido de dinheiro, mas sim de aconselhamento.

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O primeiro-ministro queria saber «o que fazer» e por isso pediu o apoio da líder da maior economia europeia.

Merkel, diz o mesmo jornal, deixou o primeiro-ministro «em espera» e aconselhou-se com o director do Fundo Monetário Internacional, sobre «o dilema de Sócrates». Dominique Strauss-Kahn terá dito que o pedido não fazia sentido, isto porque Sócrates não seguiria «qualquer conselho que lhe fosse dado».

Mas, sem um apoio efectivo de apoio de Berlim - que na semana passada se manifestou várias vezes contra o reforço do fundo europeu de resgate - Sócrates contou com Bruxelas, segundo sugere o «The Guardian». Isto porque o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu precisamente a medida que a Alemanha não queria colocar em prática e que poderia beneficiar Portugal em caso de necessidade.

Mas aqui quem ganhou o braço-de-ferro foram os alemães, já que os ministros das Finanças da Zona Euro rejeitaram, esta segunda-feira, reforçar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira.

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