O Banco Central Europeu (BCE) prepara-se para retirar mais de 440 mil milhões de euros do mercado, escreve esta segunda-feira o Invertia.
Esta retirada massiva de liquidez surge numa altura em que os bancos estão a enfrentar sérios problemas de financiamento, ao mesmo tempo que os riscos da dívida soberana de muitos países europeus estão mais elevados do que nunca.
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«Impossível prever melhorias na liquidez dos bancos»
O BCE emprestou à banca 442 mil milhões de euros a 1% com vencimento a um ano, em Junho de 2009. Com esta operação especial de liquidez, a instituição liderada por Jean-Claude Trichet acalmou as tensões dos mercados e permitiu aos bancos comprar títulos da dívida pública com bons retornos.
Agora, a retirada deste estímulo pode causar grandes tensões nos mercados, dias depois de mais um país, desta feita a Hungria, ter admitido que enfrenta problemas nas suas contas públicas superiores ao comunicado anteriormente.
Na semana passada, o próprio BCE admitiu que a banca portuguesa consegue sobreviver 12 meses sem recurso ao financiamento externo.
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Mesmo assim, todo o cuidado é pouco: «O mercado está fechado. Os bancos vão ter de pagar mais para se financiar. Tudo vai depender dos preços. Um spread alto vai concerteza abrir os apetites dos investidores», disse ao Invertia um corretor em investimentos de rendimento fixo.
Já o banco norte-americano Citi acredita que a decisão do BCE vai retirar 200 mil milhões de euros de liquidez ao sistema, ao mesmo tempo que se vai reflectir numa subida das Euribor.
Além disso, o Citi acredita ainda que, com esta medida, os juros das Obrigações do Tesouro de alguns países, como Espanha e Portugal, vão subir face aos juros da dívida alemã.
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