Quatro dos cinco acusados no caso BCP vão ser julgados. Os ex-presidentes Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal e ainda os dois ex-administradores Christopher de Beck e António Rodrigues irão a tribunal, acusados pelo Ministério Público dos crimes em co-autoria de manipulação do mercado e falsificação de documentos. Apenas António Castro Henriques foi ilibado.
Durante o debate instrutório, os advogados dos cinco acusados insistiram que não haveria factos provados que justifiquem uma acusação.
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O Ministério Público acusava os cinco ex-administradores do BCP de terem cometido alegados crimes entre 1999 e 2008, entre eles a utilização de contas off shore detidas pelo BCP, «de modo a determinar os valores de mercado e a cotação dos títulos do BCP no mercado de valores».
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Os ex-gestores estavam também acusados por terem falsificado a contabilidade do banco, «com vista a ocultar as perdas resultantes para o Banco, no valor aproximado de 600 milhões de euros».
Eram ainda suspeitos de burla qualificada, acusados de receber «prémios avultados, calculados em função de resultados deliberadamente empolados, com um prejuízo para o banco de cerca de 24 milhões de euros». No entanto, nesta matéria, não houve acusação.
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