O BES não tem intenções de sair da Portugal Telecom. A garantia foi deixada pelo presidente do banco no Hora H do «Jornal de Negócios».
«Eu não disse que vamos sair da PT», sublinhou Ricardo Salgado acrescentando que «não será com agrado que vamos sair da PT se o tivermos de fazer».
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«Nós não esperamos sair da PT nem vamos sair da PT», reiterou, explicando que «não vamos vender as acções da PT por qualquer movimento ascendente» e que «se houver uma OPA sobre a PT estaremos sempre a defender a PT. Somos accionistas da PT e queremos que continue em Portugal».
Ricardo Salgado critica research e agências de rating
A possibilidade da venda da posição surgiu na sequência da eventual necessidade de o banco reforçar capital. «O que disse é que temos de aguardar por Balileia III e se as condições que saírem daí forem de tal forma gravosas, podemos ter de avançar com alternativas». O objectivo da venda seria então apenas o encaixe de capital, mas o presidente do BES considera que «a venda de uma participação tem a ver com a estratégia de uma empresa».
O BES foi um dos accionistas que votou a favor da venda da posição na Vivo à espanhola Telefónica na assembleia-geral de accionistas da operadora, que decorreu a 30 de Junho. «A parceria com a Telefónica na Vivo acaba, tem de acabar. E isto provocado pela Telefónica, que retirou a proposta e disse que ia para os tribunais. Mas isso é um disparate».
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A Telefónica «está a a ir para uma área perigosa, agravando um litígio que se vai arrastar nos tribunais. Os advogados vão ficar felizes, mas não é a melhor solução. É preciso acrescentar valor, não para o BES, mas para as empresas».
É melhor, assegura, as duas empresas «sentarem-se e chegarem a acordo».
BES confiante nos testes rejeita necessidade de mais capital
E depois da Vivo?
Para Ricardo Salgado, a melhor forma de evitar uma OPA à PT «é deixar ir a Vivo».
Mas o banqueiro não ignora a importância de a PT se manter no Brasil. «O que os accionistas pretendem é que a PT possa reinvestir no Brasil, um mercado onde temos muitas afinidades», explicou, acrescentando que o facto de o Governo brasileiro ser a favor da manutenção da operadora naquele mercado deve ser «aproveitado».
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«Temos que esquecer a Telefónica e reinvestir no Brasil. A PT tem condições, com o encaixe que fizer, de voltar a ser uma grande empresa no Brasil em parceria com Brasileiros. Com a Telefónica não é mais possível».
PT deve continuar no Brasil? «Estamos todos nessa»
Questionado sobre a possibilidade de a PT investir na brasileira Oi, Ricardo Salgado disse que «há conversas, há contactos, mas há outras alternativas».
Se a PT conseguir evoluir no mercado brasileiro com outros intervenientes, «acho que já valeu a pena». Certo é que «estamos todos nessa» de a PT continuar no Brasil, rematou.
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