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BES teme OPA à PT. Venda da Vivo «garantia o futuro»

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Ricardo Salgado diz que vender à Telefónica seria a «melhor forma de garantir o futuro» da PT. É que, depois do fim da «golden-share», nada impede a Telefónica de lançar uma OPA sobre a empresa nacional

Ricardo Salgado explicou esta quarta-feira à tarde porque o BES, accionista maioritário da Portugal Telecom, votou a favor da venda da Vivo à Telefónica.

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O Banco Espírito Santo votou a favor da venda da posição na Telefónica, um sentido de voto comum a 74% do capital representado. O negócio só não se concretizou por causa do veto do Estado, através da «golden-share», uma posição que não agradou ao banco. Nem a Bruxelas. SAIBA MAIS.

O presidente do banco explicou em conferência de imprensa as razões: a venda teria sido um bom negócio, que resolveria vários dos problemas da PT - e um deles ameaça da independência da empresa. Para Ricardo Salgado, nada impede a Telefónica de lançar uma OPA sobre a PT, quando estamos a pouco mais de uma semana de Bruxelas confirmar o fim da «golden-share» do Estado.

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Os «receios» de Ricardo Salgado são claros e estão relacionados com as atitudes da Telefónica, que marcam uma «quebra de confiança» na parceria mantida até agora com a PT na Vivo.

«Ao fim destes anos é essencial para a sobrevivência da PT como empresa independente deixar a parceria com a Telefónica na Vivo. À sucessão de atitudes da Telefónica para adquirir os 50% que a PT detém na Vivo, seguindo-se ameaças à dissolusão da Brasicel e a ameaça de uma OPA à PT.

São factores claros do fim de uma parceria».

Salgado não esquece ainda «a participação da Telefónica na OPA da Sonae em 2006».

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Como se estes motivos não chegassem, há mais: «A proposta realizada ontem à noite, de 7 mil e 15 milhões de euros, representa hoje 90% da capitalização bolsista da PT e, a partir de agora, quando Bruxelas declarar a golden-share ilegal, a Telefónica fica com o caminho aberto para lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a própria PT, deixando o Estado de poder impedi-lo.

Assim, Ricardo Salgado explicou a votação do BES, ao lado da maioria dos accionistas: «A melhor forma de garantir o futuro da PT será a sua libertação desta parceria, com novos recursos financeiros poderá a PT reduzir o seu passivo, resolver o fundo de pensões e principalmente realizar novos investimentos em Portugal e no exterior, incluindo no Brasil».

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