O vice-primeiro-ministro Paulo Portas considerou esta terça-feira que a opção do Banco de Portugal para o Banco Espírito Santo (BES) foi a «mais aceitável» de entre as possíveis, e defendeu que nacionalizar a entidade seria uma «tragédia».
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«Nacionalizar é passar para o contribuinte a fatura do prejuízo», advogou Paulo Portas, que lembrou o caso envolvendo o BPN.
O vice-primeiro-ministro falava em conferência de imprensa após uma reunião com o ministro da Defesa de Moçambique e candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi.
O governante realçou que a opção do Banco de Portugal protege os depósitos, o contribuinte, salvaguarda postos de trabalho e «evita roturas de crédito à economia no preciso momento em que a economia mais precisa» de crédito.
Paulo Portas assinalou ainda que a opção do banco central contribui «para a estabilidade do sistema financeiro como um todo», porque uma crise «desordenada e não controlada» prejudicaria «todo o sistema financeiro».
«Podiam ter proposto uma nacionalização. Já houve um governador do Banco de Portugal que propôs isso. O resultado da nacionalização do BPN foi que o contribuinte pagou milhares de milhões de euros por prejuízos com os quais não tinha nada a ver. Acho que isso seria uma tragédia. Nacionalizar é passar para o contribuinte a fatura do prejuízo», acrescentou ainda o vice-primeiro-ministro.
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