Um mês depois da última manifestação junto à Associação Portuguesa de Bancos (APB), marcada pelo recurso às vuvuzelas, os clientes do BPP voltam esta terça-feira aos protestos, numa marcha lenta motorizada que percorrerá vários pontos da capital.
«É mais uma acção de protesto contra a situação vergonhosa em que se encontram os clientes do Banco Privado Português, que já há quase dois anos esperam pelas suas poupanças», disse à Lusa Ruy Ribeiro, um dos responsáveis pela manifestação que, segundo a mesma fonte, recebeu a devida autorização do Governo Civil de Lisboa.
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A concentração está marcada para as 12h00, frente à Churrasqueira do Campo Grande, de onde os clientes arrancarão, em marcha lenta, para o centro da cidade, com passagens pela APB, Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), CMVM e Sistema de Indemnização a Investidores (SII), BPP, Palácio de São Bento e Assembleia da República, Palácio de Belém, Ministério das Finanças e Banco de Portugal, com o final da acção previsto para as 21h00.
«Os clientes lesados do BPP estão indignados pela forma como todo o processo de insolvência tem sido tratado pelas autoridades, tendo em conta que, decorreram quase 600 dias desde a intervenção do Estado no banco, mas a grande maioria dos clientes continua sem receber um cêntimo do seu dinheiro e os responsáveis continuam sem qualquer punição», sublinhou Ruy Ribeiro.
O responsável pela manifestação acrescentou que «o Estado forçou os clientes a aderir ao Fundo Especial de Investimento com base em pressupostos que não se verificam, garantiu liquidez imediata por recurso ao FGD e ao SII, o que não era possível de garantir, como se constatou pelas providências cautelares interpostas por bancos e pela APB».
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