A greve parcial dos trabalhadores da CP provocou esta terça-feira a supressão de 84 por cento dos comboios previstos até às 18h00, disse fonte oficial da transportadora ferroviária.
«Até às 18:00 [últimos dados disponíveis], a CP registou 84 por cento de supressões», afirmou citada pela Lusa a porta-voz da empresa, Ana Portela, acrescentando que dos 1.106 comboios programados apenas circularam 170.
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Os sindicatos que representam os trabalhadores da CP agendaram para hoje dois períodos de greve: entre as 05h30 e as 08h30 e outro entre as 17h30 e as 20h30.
A porta-voz da CP disse que desde as 17h00 que deixaram de circular comboios de longo curso e regionais, adiantando que a empresa não prevê a realização de mais comboios nestes serviços.
Nos urbanos do Porto, a CP não prevê a circulação de mais nenhum comboio.
Em Lisboa, a empresa «está a conseguir garantir até às 22h00 nas linhas de Sintra e Cascais a circulação de um comboio por hora em cada sentido», segundo a mesma fonte.
Na Linha da Azambuja, circularam algumas composições entre as 16h00 e as 18h00, mas a empresa não dá garantias de que consiga assegurar a realização de mais comboios.
Já a Linha do Sado foi uma excepção, uma vez que cerca de 90 por cento dos comboios previstos circularam.
Além da CP, cumpriram hoje greves parciais os trabalhadores das empresas públicas Carris, Metropolitano de Lisboa, Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e Transtejo e Soflusa.
No caso da Carris , a empresa diz que 80% dos autocarros circularam, enquanto o sindicato fala numa adesão à paralisação superior a 70 por cento.
Os sindicatos que agendaram as greves contestam as medidas de austeridade que o Governo pretende aplicar às empresas públicas de transportes.
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