A construção «não anda de braço dado com o poder político», garante o presidente da Soares da Costa.
E o leitor? Considera que o sector e o poder político tendem a associar-se?
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«Se isso fosse verdade, não estaríamos nesta condições e com as dificuldades que temos. Do passado não falo. Hoje, isso não corresponde à realidade», afirmou, Pedro Almeida Gonçalves, que se encontrava na apresentação do estudo «European Powers of Construction 2009» da Deloitte.
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Aliás, de acordo com o mesmo e também do presidente da Mota-Engil, António Mota, o sector tem estado sujeito e vulnerável à falta de planeamento. Os responsáveis de duas das maiores construtoras do país queixam-se das alterações que são feitas constantemente nos projectos. «Mais importante do que haver obras ou não é que as decisões que sejam tomadas sejam duradouras e estáveis. Estamos permanentemente em zig-zag e, nalguns casos, só serve para adiar uma decisão meramente política», comentou Pedro Gonçalves. Já António Mota sustenta que o sector «não precisa de apoios, mas de trabalho e planeamento».
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2010 ainda não será ano de viragem
Para 2010, o sector está optimista caso caso se confirmarem os projectos que estão programados, nomeadamente as novas estradas, que podem gerar «uma forte criação de emprego no sector», sustenta o presidente da Mota-Engil, António Mota. No entanto, o optimismo tem limites uma vez que ainda não será um ano de viragem do mercado interno da construção. Uma opinião partilhada pelo presidente da Soares da Costa. Ambos acreditam ainda que cenário oposto ¿ projectos não se confirmaram - terá consequências graves para o emprego.
Para a Deloitte, no futuro há quatro desafios para a sustentabilidade e rentabilidade do sector: a gestão operacional, a racionalização de custos, o foco na produtividade e a integração em concessões e parcerias público-privadas.
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