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Lucro da RTP cresce 26% em 2011

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Foi o segundo ano consecutivo que a estação pública teve lucros em 20 anos

O lucro da RTP cresceu 26 por cento no ano passado, face a 2010, para 18,9 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira o presidente da empresa.

2011 foi, por isso, o segundo ano consecutivo que a estação pública teve lucros em 20 anos.

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O resultado líquido estrutural é positivo em 10,6 milhões de euros, após correção das rubricas - custos da reestruturação; 10 milhões de aumento de juros da renegociação por causa da baixa do rating, 15,4 milhões da mais-valia da venda do Lumir e 41,6 milhões do instrumento financeiro empréstimo Eurogreen.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o presidente executivo da RTP, Guilherme Costa, destacou que o resultado financeiro foi positivo no ano passado «porque os juros nos empréstimos de médio e longo prazo foram baixos e também por causa do Eurogreen, que teve uma valorização na ordem dos 38 milhões de euros».

Assim, o resultado líquido estrutural é positivo e de 10,6 milhões de euros, mesmo que se expurgue os efeitos extraordinários registados em 2011.

O resultado operacional corrigido dos valores que não são estruturais, nomeadamente dos custos de reestruturação (11,7 milhões de euros em gastos com pessoal e 26,5 milhões de euros em provisões) e da mais-valia da venda do ativo do Lumiar (15,4 milhões de euros), é de 36,5 milhões de euros, o que representa uma subida de 14 por cento face a 2010.

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Sem o impacto dos custos de reestruturação, os gastos operacionais corrigidos são de 268,4 milhões de euros, uma redução de 21,2 milhões de euros face ao ano anterior.

Já o resultado financeiro foi de 7 milhões de euros.

Segundo a empresa, no final deste ano, com a assunção da dívida pelo Estado verificada em fevereiro, o capital próprio, apesar de se manter negativo, apresentará uma evolução positiva a atingir os 124,6 milhões de euros negativos, o que compara com 469,1 milhões de euros negativos em 2011.

Com a assunção da dívida, o passivo bancário cai para menos de 77 por cento no final deste ano (171,9 milhões de euros), em comparação com 2010.

GfK não está em condições de medir audiências

Além de anunciar resultados, Guilherme de Costa adiantou que «GfK não está em condições de medir audiências», lembrando que até concordou em adiar o procedimento durante um mês.

«Não estão em condições de medir hoje», explicou.

«Nós até concordámos que se adiasse um mês. Os dados não são fiáveis», salientou, antes de esclarecer que a empresa ainda não recebeu uma resposta à carta enviada à Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) por causa das audiências realizadas.

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«Não recebemos resposta, nem referência se esta resposta ia ou não ser dada», afirmou Guilherme Costa.

«Este sistema não oferece condições de fiabilidade» e esse «é um problema da indústria», disse.

A RTP «foi muito clara» na carta que enviou e pediu «respostas inequívocas», disse o gestor.

A administração da RTP enviou uma carta à CAEM, presidida por Luís Marques, na qual deu 48 horas para que a entidade lhe enviasse uma resposta devido às falhas técnicas nas audiências que afetaram a empresa.

O prazo terminou na quinta-feira e em declarações hoje aos jornalistas, Luís Marques escusou-se a adiantar se a CAEM já tinha enviado resposta.

A GfK começou a medir audiências a 1 de março.

[Notícia atualizada]

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