A manifestação dos trabalhadores das empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos arrancou esta quarta-feira em Lisboa às 16h00, como previsto, com mais de 500 pessoas que reclamam contra os cortes dos subsídios de férias e de Natal.
«Os trabalhadores estão hoje a manifestar-se contra o corte de subsídios de férias e de Natal, mas também contra a destruição do Grupo Caixa», disse aos jornalistas Palmira Areal, coordenadora da comissão de trabalhadores da CGD.
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A responsável salientou que além das dificuldades que os trabalhadores enfrentarão com o corte dos dois subsídios, perderão ainda o direito ao prémio pelos resultados do grupo financeiro estatal pelo que, na prática, «estão a roubar três subsídios».
Palmira Areal disse não saber qual o efeito que esta acção de protesto, que decorre simultaneamente em Lisboa e no porto, poderá ter mas disse que «os trabalhadores não podem ficar caladinhos e bem comportados enquanto o Governo destrói o Grupo Caixa e lhes estraga as condições de vida».
Os trabalhadores e os sindicatos ligados às empresas do grupo Caixa Geral de Depósitos manifestam-se hoje, em Lisboa e no Porto, contra os cortes nos subsídios de férias e Natal dos funcionários.
As concentrações estavam agendadas para as 16h00, sendo uma em frente à entrada principal do Edifício Sede, em Lisboa, e a outra na Agência Central do Porto.
A CGD comunicou aos trabalhadores no dia 13 de Janeiro que vão sofrer cortes nos subsídios de Natal e férias os funcionários que ganhem acima de 600 euros, cumprindo a lei do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012).
Na terça-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, reafirmou que o corte de subsídios se vai aplicar aos trabalhadores da CGD: «As medidas que foram adoptadas não foram apenas para os funcionários públicos, mas também para o Sector Empresarial do Estados, o que significa que vai ser aplicado na CGD».
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