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PCP quer saber como vamos pagar os juros do empréstimo

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Jerónimo de Sousa diz que «estamos pior agora, para ficar pior mais à frente». Passos garante que «o que vamos pagar por este empréstimo é menos do que pagaríamos se o contraíssemos directamente»

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, questionou esta quinta-feira o primeiro-ministro sobre como vai Portugal pagar os juros do empréstimo da troika. «Dos tais 78 mil milhões de ajuda amiga vão ser cobrados 35 mil milhões de juros», afirmou Jerónimo de Sousa com ironia.

«Em vez de 78 mil milhões de euros, vamos pagar 113 mil milhões de euros. Diga aqui como vamos pagar», insistiu e defendeu que «estamos pior agora, para ficar pior mais à frente».

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Na resposta, Passos Coelho assegura que «é falso que se trate de uma espécie de esbulho aquilo que nos emprestaram». «O que vamos pagar é basicamente o mesmo que países com rating AAA conseguiram nos empréstimos», assegurou. E insistiu depois: «O que vamos pagar por este empréstimo é menos do que pagaríamos se o contraíssemos directamente» e frisou que «não tínhamos condições de o fazer directamente porque não temos rating» que o permitisse.

«É isto que está acordado, nós vamos pagar o que os países que nos emprestaram vão pagar por esse dinheiro que pediram e que se endividaram para nos emprestar», acrescentou, rejeitando ainda que se apelide, como fez o PCP de «pacto de agressão» um pacote financeiro «indispensável» para pagar «salários e pensões».

A resposta de Passos Coelho gerou protestos na bancada comunista, com João Oliveira a gritar várias vezes: «Não é verdade, sabe bem que não é verdade».

O deputado do PCP, Honório Novo considera que a proposta de OE «é terrorismo». E voltou a questionar o primeiro-ministro sobre «como vai Portugal pagar os quase 9 mil milhões em juros em 2012?» «Através de sacrifícios, impostos... sobre quem trabalha. Sobre quem já não aguenta mais. Esta é a forma que o senhor primeiro-ministro tem para pagar os juros. Não meta a cabeça na área como a avestruz», afirmou.

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O deputado do PCP, Honório Novo considera que a proposta de OE «é terrorismo». E voltou a questionar o primeiro-ministro sobre «como vai Portugal pagar os quase 9 mil milhões em juros em 2012?» «Através de sacrifícios, impostos¿ sobre quem trabalha. Sobre quem já não aguenta mais. Esta é a forma que o senhor primeiro-ministro tem para pagar os juros. Não meta a cabeça na área como a avestruz», afirmou.

Para Honório Novo, «esta proposta não é viável» e deixou um apelo ao primeiro-ministro: «Tome a iniciativa de renegociar a dívida pública antes que outros tomem a dianteira para nos obrigarem a mais medidas de austeridade», apelou.

Referindo-se às previsões da Comissão Europeia, que apontam para uma recessão de 3%, Honório Novo afirma que estes números «já colocaram o país abaixo do país abaixo das previsões da Grécia, vamos recuar mais do que a Grécia em 2012».

«Tire a cabeça da areia e mude de rota, senão vai ser responsável por uma catástrofe nacional», disse.

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BE acusa OE «de excesso de crueldade»

O valor dos juros a pagar pela ajuda da troika voltou a ser levantado por Louçã. «Não são 8 mil milhões de euros de juros pelo empréstimo. São 8 mil milhões de juros da dívida que contraímos ao longo destes anos», respondeu o primeiro-ministro. «Eu preferia que Portugal não tivesse a divida pública que tem, mas isto resulta de o estado gastar mais do que tinha. Foi por gastarmos mais», afirmou.

«Estou a fazer aquilo que a minha consciência dita. Não me envergonho deste Orçamento do Estado, que é o primeiro de vários que trará crescimento a Portugal», assegurou.

Mas Louçã não se mostrou tão positivo na análise ao documento. «Não acuso este OE de excesso de prudência, mas de excesso de crueldade», afirmou o líder do BE.

Questionado por Louçã sobre a situação europeia e sobre o facto de Merkel e Sarkozy quererem fazer «um novo Muro de Berlim para excluir uma parte da Europa», Passos admitiu que «o que se está a passar na Europa é preocupante». «E o risco sistémico que se está a evidenciar a cada mês que passa de forma mais perigosa tem de nos dar muita humildade na maneira como nos expressamos publicamente», avisou.

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