A Renault ganhou a guerra levada até à barra dos tribunais por dois casais, que queriam impedir o fabricante automóvel de dar o nome «Zoe» ao seu novo modelo.
Um juíz decidiu na quarta-feira dar razão à empresa, para desgosto de muitas mulheres e raparigas francesas com o mesmo nome. Os dois casais são pais de duas raparigas de nome Zoe Renault e argumentaram em tribunal que as suas filhas se arriscam a enfrentar uma vida de provocações e gozo. Por isso mesmo, queriam que a empresa fosse obrigada a escolher outro nome para o carro.
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«Existe uma linha entre os seres vivos e os objectos inanimados. E essa linha é o nome próprio», afirmou o advogado David Koubbi à «Associated Press», acrescentando que «nós estamos a dizer à Renault uma coisa muito simples: que os nomes próprios são para os humanos».
Mas o juiz discordou e considerou que os pais só teriam razão se conseguissem provar que o facto de a Renault dar o nome Zoe ao carro causaria às crianças «dano certo, directo e permanente».
O advogado dos pais vai recorrer da sentença, afirmando ser claro que todas as Zoe Renault serão afectadas pelo lançamento do carro, marcado para 2012, e que todas as 35 mil mulheres francesas que, de acordo com as estimativas, se chamam Zoe, sentiriam a «ferroada».
Koubbi aceitou o caso pro bono porque a sua enteada se chama Zoe.
A Renault tem outros modelos com nomes próprios de mulheres, populares em França, como o Mégane ou o Clio. Mas a luta contra o nome Zoe (que significa «vida» em grego) assumiu grandes proporções nos media. A petição «Zoe não é nome de carro» reuniu mais de 6 mil assinaturas no Facebook.
Além da Renault, outras marcas optaram por esta via para se inspirarem. Por exemplo, a Skoda escolheu Fabia e Octavia para «baptizar» dois dos seus modelos e a própria Mercedes foi assim chamada em honra de uma mulher.
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