Os funcionários do jornal «Público» rejeitaram esta sexta-feira, por unanimidade, a proposta de lay-off apresentada pelos órgãos de direcção do diário generalista português.
A decisão foi tomada esta tarde num plenário de trabalhadores, que decorreu nas redacções do jornal, nas cidades de Lisboa e Porto, e que pretende afastar a possibilidade de 21 colaboradores, dos quais 16 jornalistas verem os contratos de trabalho suspensos, durante um ano, e de receberem apenas dois terços do salário.
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Segundo Vitor Ferreira, da Comissão de Trabalhadores (CT), os visados ainda não são conhecidos, mas a CT já está a par dos critérios de selecção que, de acordo com o «dever de reserva» não puderam ser revelados no decorrer do plenário -«uma vez que estão a ser alvo de análise», cita o «Correio da Manhã».
Para além da opção de lay-off, a empresa propôs ainda uma redução nos ordenados de trabalhadores que ganhem acima dos 1,600 euros brutos. Esta medida, aliada a cortes de produção, espera a empresa, permitirá chegar a cortes no valor de dois milhões de euros.
De acordo com um documento a que o «Jornal de Negócios» teve acesso: em plenário, os trabalhadores mostraram-se disponíveis para «negociar alternativas que ajudem a equilibrar as contas da empresa», mas não põem de lado o recurso a outras formas de luta, se administração do diário não estiver disposta a acordar formas alternativas de contornar o problema.
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