O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou esta terça-feira que os próximos meses serão decisivos para perceber o impacto das medidas de contenção orçamental e pediu mais rigor na gestão da Administração Pública.
«Muitas das medidas extraordinárias de emprego e combate à crise só entraram em vigor agora e, por isso, ainda não se fizeram sentir no Orçamento de Estado deste ano», considerou o sindicalista.
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Ainda assim, sublinhou João Proença, «há dados que são preocupantes e convém esclarecer» de forma a garantir o rigor, que passa por uma melhor gestão da Administração Pública e das despesas com as empresas públicas, escreve a Lusa.
Para o secretário-geral da UGT, o combate ao défice não deve assim centrar-se apenas no corte dos investimentos, na contenção dos salários e em aumentos da receita, esse «não será o bom caminho».
Sobre a credibilidade Portugal face aos restantes países da zona Euro, João Proença desvalorizou o alerta dos mercados, referindo que se trata de uma «especulação financeira brutal», apelando a um maior diálogo político e social.
«O próprio FMI considera que Portugal tem condições para atingir as suas metas de combate ao défice», sublinhou.
De acordo com o relatório de execução orçamental divulgado na segunda-feira, o défice do subsector Estado aumentou 446 milhões de euros de Janeiro a Agosto deste ano, face ao mesmo período de 2009, para os 9.190 milhões de euros.
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