O presidente do Eurogrupo deixou esta quarta-feira um aviso a Portugal: se o pacote de medidas que consta do PEC 4, que é votado no Parlamento esta tarde, for chumbado [ndr. como aconteceu minutos após estas declarações], o país terá de arranjar um PEC com medidas alternativas que garantam a meta de défice para este ano, que é de 4,6%.
Jean-Claude Juncker, que começou a semana a considerar que as medidas apresentadas pelo Governo em Bruxelas eram para cumprir, mesmo que o executivo mudasse, já na terça-feira tinha admitido que, afinal, poderia existir margem para negociar o PEC, podendo substituir-se algumas medidas por outras equivalentes em termos de consolidação orçamental.
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Esta quarta-feira, Juncker explica: se Portugal quer a ajuda externa, terá de reduzir o défice. Se as medidas já alinhavadas forem chumbadas, terão de surgir outras no seu lugar.
Se Portugal pedir ajuda, «isso terá de ser feito em condições rigorosas», disse Jean-Claude Juncker, citado pelo The Wall Street Journal. «Não há margem de manobra para outra coisa» que não garanta a mesma meta de défice, acrescentou.
O PEC 4 é votado esta tarde no Parlamento e tem chumbo garantido de toda a oposição. O primeiro-ministro anunciou que, se o chumbo se confirmar, demitir-se-á. José Sócrates é recebido por Cavaco Silva ainda hoje, sendo que a audiência estava agendada para as 19 horas, mas atrasou-se, enquanto no Parlamento as votações ainda não começaram. O primeiro-ministro tem agendada para as 20 horas uma declaração ao pais, que também deve resvalar.
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