As empresas turísticas devem «reposicionar o seu negócio» perante a actual crise económica, defendeu esta sexta-feira o presidente da Associação de Profissionais de Turismo de Portugal, Agostinho Peixoto, considerando que o despedimento de funcionários deve ser o último recurso.
«Em ano de crise há que cortar nas despesas e corta-se no capital humano, mas nós queremos provar às empresas do sector que este é o último dos cortes que deve haver no ataque à conjuntura económica», disse à Agência Lusa Agostinho Peixoto.
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Com cerca de duas centenas de profissionais inscritos, o congresso pretende debater os problemas dos profissionais de turismo nas várias vertentes, com destaque para a formação e valorização profissional.
«Sabemos que o capital humano é peça fundamental de qualquer empresa», disse, advertindo que as empresas devem «primeiro reposicionar o seu negócio para depois pensarem se vale a pena ou não eliminar aquilo que cria a sua imagem que são as pessoas».
Área da restauração é sempre uma das mais afectadas
Agostinho Peixoto disse que «quando há crise, particularmente, a área da restauração sofre imediatamente este efeito», mas reconheceu que, apesar deste ano de «contingência nacional» afectar o sector, «não serão valores preocupantes».
Por outro lado, o presidente da APTP afirmou que «não há desemprego no turismo» e que «não é fácil encontrar pessoas que queiram trabalhar no sector, sobretudo, na área da restauração», apontando para a «necessidade de aumentar o grau de formação dos profissionais do sector».
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