O ministro das Obras Públicas admitiu esta quarta-feira que a Estradas de Portugal (EP) está com um problema de financiamento, mas garantiu que não estão em causa os compromissos financeiros assumidos.
António Mendonça, que está a ser ouvido na Comissão de Obras Públicas, no Parlamento, disse mesmo que a EP já tem assegurados 750 milhões de euros de empréstimos bancários.
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O governante tentou assim acalmar as preocupações relativas aos problemas de tesouraria: as receitas conseguidas pela Estradas de Portugal só dão para cobrir 60% dos seus custos, segundo o «Jornal de Negócios».
A situação de caixa da empresa, no curto prazo, até está estabilizada mas as dificuldades continuarão até à introdução de portagens, escreve aquele jornal.
O jornal refere que para transformar a EP numa empresa «sustentável» no médio e longo prazo serão necessárias receitas de portagens, tal como a alteração do seu modelo de financiamento, como está previsto no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).
«Só quando a monitorização e avaliação do plano de investimentos e as receitas das novas SCUT estiverem estabilizadas é possível fazer-se a revisão do modelo de financiamento do sector rodoviário», segundo esclarecimento do Ministério das Obras Públicas.
A Estradas de Portugal tem, até Setembro, de desembolsar 2.000 milhões de euros em compromissos com as SCUT.
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