O vice-primeiro ministro espanhol, Manuel Chaves, afirmou esta terça-feira que, depois da greve geral que se realizará amanhã, e qualquer que seja a resposta da população, o Governo fará um «convite imediato» aos sindicatos para que se retome o diálogo.
Apesar do protesto ser motivado pela reforma laboral em curso, aprovada já pelo Governo e sobre a qual o Executivo insistiu que não irá recuar, Chaves está convencido de que há «margem suficiente» para negociar e modernizar o mercado laboral.
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Em entrevista à Cadena Ser, o governante insistiu que ainda há espaço para diálogo, nomeadamente em questões como a negociação colectiva, as políticas de emprego ou o desenvolvimento da própria reforma laboral.
Uma das questões a resolver é o fundo de capitalização para os trabalhadores, de onde sairia apoio em caso de despedimento. «A lei necessita e exige o seu desenvolvimento e aí podemos falar», garantiu o responsável, citado pela agência Lusa. Chaves disse ainda entender «perfeitamente» os sindicatos porque já fez parte deles.
No entanto, admitiu que as negociações não vão ser fáceis. E fez questão de sublinhar que o Governo considera a reforma aprovada «absolutamente necessária».
E concluiu: «O mais socialista que pode fazer este Governo é tirar o país da crise».
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