O Governo e os sindicatos espanhóis chegaram esta quinta-feira de madrugada a um princípio de acordo sobre a reforma das pensões que, entre outros aspectos, define as condições para ampliar a idade de reforma até aos 67 anos.
Este primeiro passo prevê que quem se queira reformar com a pensão completa aos 65 anos deve ter descontado 38,5 anos, segundo disseram à Lusa fontes do executivo e da Comissões Operárias (CCOO).
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E, para receber a pensão completa aos 67 anos, há que ter descontado pelo menos 37 anos.
Foi difícil chegar a este entendimento, já que decorreram semanas de negociação e o consenso só chegou 24 horas antes de terminar o prazo dado pelo Governo. Em causa estão ainda as políticas activas de emprego e os novos modelos de negociação colectiva.
Segundo a imprensa espanhola, a intervenção à última hora do primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero, ajudou a desbloquear o impasse, que tinha já levado os representantes sindicais a ameaçar com «conflitos» caso não houvesse acordo.
Em cima da mesa de negociações estiveram outros elementos considerados «essenciais» para os sindicatos, como a possibilidade de incluir nos anos de desconto tanto períodos de estágio profissional como períodos em que se esteve em casa a cuidar dos filhos.
O acordo prevê, por exemplo, que os trabalhadores possam somar um máximo de dois anos que tenham estado como estagiários e um máximo de nove meses por cada filho, no caso de mulheres que tenham interrompido a vida laboral para cuidar da família.
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Mais: a idade mínima para as reformas antecipadas aumenta de 61 para 63 anos.
No que toca às medidas para fomentar o emprego, a ideia é criar uma estratégia especial para os maiores de 55 anos, com uma ajuda financeira a rondar os 400 euros.
Até Março estará, à partida, tudo definido.
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