Em 2011, o aumento de reformados verificou-se nos escalões mais baixos, com o surgimento de mais de 10 por cento de pensionistas da Segurança Social a ganhar menos de quinhentos euros por mês. No entanto, o total das pensões superiores a 500 euros teve um decréscimo de 23% no mesmo ano, como adianta o «Jornal i».
No ano passado, 85% dos reformados recebiam menos de 500 euros por mês, mas em 2010 eram apenas 79%, um aumento de 3,6%, que se traduz em 57 mil novos pensionistas a cargo da Segurança Social, ou seja, no total, são 1,66 milhões de reformados por velhice.
PUB
Segundo os dados referentes ao final de 2011, revelados pelo Centro Nacional de Pensões (CNP) e pelo Ministério da Segurança Social (MSS), assistiu-se a um crescimento de 10,6% nos pensionistas com reformas até 500 euros mensais, com o aparecimento de 134 mil reformados, o que prefaz um total de 1,4 milhões de pensionistas com menos de 500 euros por mês.
Os reformados com direito a mais de 500 euros mensais diminuiram 23,1% no mesmo ano, passando de 332 mil para 255 mil. Estes reformados representam 15,4% no total de reformados por velhice da Segurança Social, contra os 20,7% em 2010.
Este aumento de reformados nos escalões mais baixos ocorre porque a maioria dos trabalhadores com idades compreendidas entre 55 e 64 anos, são os que têm a escolaridade mais baixa e os que exercem profissões menos qualificadas e mais mal remuneradas, sendo também aqueles que mais foram penalizados com o congelamento das reformas antecipadas.
Analisando os dados do CNP e do MSS, disponíveis no portal Pordata, nota-se que em termos percentuais o maior aumento de pensionistas ocorreu entre o escalão de reformas entre os 251 euros e os 500 euros, com um aumento de 48,72% ao longo do ano de 2011.
PUB
Os reformados com pensões entre os 501 euros e os 1000 euros mensais diminuiram 35%, isto é, passaram para 155 mil.
Acima dos mil euros surgiram oito mil novos reformados, elevando o total para 99,4 mil na Segurança Social.
Caixa Geral de Aposentações ganha até 500 euros
Na caixa geral de aposentações a realidade é totalmente diferente da Segurnça Social. Cerca de um terço dos reformados do Estado (32,1%, isto é, 144 mil) ganhavam mais de 1500 euros mensais de reforma no final de 2010. No escalão inferior, até 500 euros,contabilizam-se apenas 93 mil pensionsitas públicos, representado 21% dos 440 mil pensionstas da CGA.
Para além das reformas da CGA serem superiores às da Segurança Social, também existem assimetrias na idade da reforma: aqui passou de 60,1 anos para 59,9 anos enquanto na Segurança Social passou de 62,5 para 62,1 entre 2010 e 2011.
Além disso, os funcionários públicos não foram alvo de congelamento das reformas.
PUB