O presidente do governo espanhol mandou esta quinta-feira uma dupla mensagem aos mercados e aos responsáveis europeus. Mariano Rajoy, que falava em Varsóvia, disse que «Espanha não pode ser resgatada» e pediu «prudência» aos políticos europeus nas declarações que fazem sobre o seu país.
«Não faz sentido pedir ajuda, Espanha não vai ser resgatada, Espanha não pode ser resgatada», afirmou, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo polaco, Donald Tusk.
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Assegurando que não pretende pedir ajuda internacional, o chefe do governo do país vizinho garantiu que «isso não será necessário e, portanto, Espanha não vai ser resgatada».
«Um resgate a Espanha não está na agenda de ninguém. Ninguém o planeou nem planeará».
Rajoy reforçou ainda a mensagem já deixada na quarta-feira aos parceiros europeus e pediu que sejam cautelosos ao falar sobre Espanha, para não criarem falsos alarmes.
«Não queremos lançar alarmes infundados. Pedimos a todos prudência», afirmou, acrescentando que «as palavras dos políticos são importantes, todos devemos gerar confiança».
Um recado que, garante, não se destina ao primeiro-ministro italiano, nem ao presidente francês.
Rajoy disse que não pretende entrar em polémicas com nenhum colega europeu e que, quando na quarta-feira pediu prudência nas declarações, não falava para ninguém em particular.
Mario Monti e Nicolas Sarkozy fizeram algumas declarações sobre a fragilidade espanhola recentemente, mas Rajoy adiantou que o líder italiano lhe telefonou para garantir que não tinha feito sobre Espanha as declarações que lhe foram atribuídas na comunicação social.
Aos que não acreditam no sucesso espanhol, Rajoy assegurou que Espanha vai continuar com o processo de reformas e lembrou que «nenhum país aplicou o pacote de medidas que este governo levou a cabo em apenas 100 dias».
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