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Empresários portugueses consideram que credibilidade da política orçamental está ameaçada

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A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) consideraram hoje que a proposta governamental de Orçamento do Estado para 2005 põe «em risco a credibilidade interna e externa da política orçamental».

As duas associações patronais identificam no Orçamento uma inversão das prioridades, no sentido de «favorecer o consumo e penalizar a poupança e os esforços de redimensionamento do tecido empresarial», em comunicado conjunto divulgado hoje, refere a Lusa.

As associações lideradas por Ludgero Marques e Rocha de Matos criticam o «excessivo optimismo no que respeita ao investimento e ao abrandamento das importações, que levanta dúvidas quanto à razoabilidade do cenário macroeconómico».

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A AEP e a AIP entendem que a previsão das receitas dos impostos sobre o valor acrescentado (IVA) e o rendimento das pessoas singulares (IRS) também é «optimista».

Por outro lado, queixam-se de falta de informação quanto à utilização da dotação provisional do Ministério das Finanças (720 milhões de euros), «o que prejudica uma correcta apreciação da evolução das despesas correntes e de capital».

A mesma falta é apontada ao impacto orçamental da actualização das tabelas salariais e das promoções e progressões dos funcionários públicos e à queda prevista para os subsídios, além de a previsão de um «grande aumento» na receita de outros impostos ter uma base precária.

A determinação da contribuição do Estado para a economia sofre ainda de «uma grande margem de incerteza» face ao «nível significativo» de cativação previsto, que pode transformar a evolução do Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central num «crescimento marginal».

As associações empresariais realçam ainda a «insuficiente ambição posta na contenção do défice» e consideram que se está perante «uma mudança de orientação da política orçamental, traduzida no menor empenho na consolidação orçamental».

O Orçamento de Estado para 2005 será discutido na generalidade na Assembleia da República, a partir de quarta-feira.

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