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«Divulguem-se as escutas para conhecer as reais intenções do primeiro-ministro»

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O provedor do leitor do jornal Público reiterou, esta segunda-feira, que os jornalistas devem divulgar o conteúdo das escutas do processo Face Oculta, mesmo que não tenha relevância criminal, porque as conversas têm «relevância política».

«Por não haver relevância criminal não quer dizer que não haja relevância política», disse Joaquim Vieira, reforçando a posição que defendeu na sua coluna de opinião da edição de domingo do Público.

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«As pessoas podem não ter cometido nenhum crime mas aquilo que elas estão a falar pode ter interesse para o conhecimento de quais são as intenções do primeiro-ministro, por exemplo, no que respeita à governação», acrescentou.

Para Joaquim Vieira, a divulgação das conversas «pode ter interesse», já que "torna possível conhecer quais são as reais intenções para além daquilo que é o discurso político».

Além disso, reforça, «quando [um dos envolvidos] é um primeiro-ministro não é o mesmo que ser um cidadão anónimo». «O primeiro-ministro não pode fazer uma separação entre quando está a ser primeiro-ministro e quando não está a ser, é primeiro-ministro 24 horas por dia», acrescentou.

O provedor do Público escreveu domingo, naquele jornal, que os jornalistas devem publicar o conteúdo das escutas do processo Face Oculta sempre que o interesse público pese mais que o direito à privacidade.

«Em nome do direito dos cidadãos a serem informados, o jornalismo pode revestir-se por vezes de aspectos que têm a ver com a desobediência civil», escreveu Joaquim Vieira.

«Se quiserem, processem - veremos quem ganha», conclui Joaquim Vieira. «O jornalista pode ser condenado, mas tem que avaliar, na solidão do seu trabalho, se deve correr esse risco», acrescentou esta segunda-feira.

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