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Maioria dos trabalhadores das PME sem subsídio de férias

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Medo de ver os bens penhorados faz com que as empresas prefiram saldar primeiro contas com Estado

Cerca de um terço das Pequenas e Médias Empresas (PME) não pagaram o subsídio de férias aos trabalhadores e temem não conseguir atribuir o de Natal, deixando milhares de famílias em dificuldades.

Segundo o presidente da Associação Nacional das PME, Augusto Morais, a eficiência da máquina fiscal e o medo de ver os bens penhorados por atraso no pagamento dos impostos e das contribuições para a Segurança Social fez com que as empresas com maiores dificuldades financeiras prefiram, primeiro, saldar as contas com o Estado do que pagar os salários aos funcionários, o que não acontecia «até há dois anos», revela a agência «Lusa».

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«Temos cerca de 30 por cento dos nossos empresários com atrasos nas remunerações dos trabalhadores. Já não lhes pagaram o subsídio de férias e agora aproxima-se o Natal. Vão ter muitas dificuldades em pagar esse subsídio», alertou o presidente da associação, que representa cerca de 10.800 empresas portuguesas.

O responsável acrescenta que «se uma empresa ficar a dever um ou dois meses ao Estado, porque se atrasa no pagamento da Segurança Social e no fisco, o fisco imediatamente lança-se contra a empresa. O que quer dizer que a encerra ou a pode encerrar através das penhoras». Por isso, o empresário prefere pagar os impostos «a pagar aos trabalhadores e eles, como não têm outra solução senão esperar, vão esperando», explicou.

Augusto Morais estima ainda que mais de 30 mil trabalhadores estejam nesta situação, que agrava as dificuldades económicas das famílias, obrigando-as a «atrasar o pagamento das prestações da casa e até a outros atrasos, como o próprio pagamento da educação dos filhos».

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