A Quercus denunciou esta sexta-feira, em comunicado, o abate, pela Estradas de Portugal, de «dezenas de árvores verdes», de «grande porte», em «boas condições» e sem risco para a segurança rodoviária na berma da Estrada Nacional 110 junto a Tomar, referiu a agência Lusa.
A Quercus quer que a empresa Estradas de Portugal (EP) elabore regulamentação para gestão do arvoredo junto das estradas nacionais, que obrigue a pareceres técnicos fundamentados e autorização de abate através da Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
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Quercus exige abate fundamentado
«As Estradas de Portugal deviam ter um sistema que fundamente tecnicamente as árvores que são necessárias abater, recorrendo a relatórios fitossanitários com análises de risco sérios para a segurança rodoviária», afirma o comunicado da associação ambientalista.
Entende a Quercus que a EP deveria igualmente plantar novas árvores que compensem as que tem abatido, «dada a sua importância paisagística e ecológica com o efeito da sombra, a fixação de taludes, armazenamento de carbono e produção de oxigénio para a atmosfera».
Empresa de construção é responsável pelo abate
A Quercus afirma que já em Maio alertou para o abate de cerca de duas dezenas de choupos-pretos autóctones verdes, na berma da EN 349-3, entre Torres Novas e Tomar.
A associação lamenta ainda que a EP entregue o abate das árvores a uma empresa de construção, «que não tem vocação para gestão de arvoredo, cortando as árvores públicas sem que exista qualquer fundamentação técnica para o efeito».
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