Numa conferência sob o tema «Antevisão económica e financeira para 2008», o antigo «Senhor Fed» alertou que ainda não estamos sequer a meio de uma solução para a crise do subprime. No entanto, «a menos que exista um efeito secundário, o pior já passou», admitiu.
«Há ainda um grande número de casas novas por vender nos EUA», lembrou.
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Greenspan sublinhou a seriedade da situação, afirmando que «nunca fomos confrontados com uma situação como esta, com os preços das casas a descer de forma significativa».
O ex-presidente da Fed referiu mesmo que a economia norte-americana deve continuar a sofrer os efeitos colaterais do enfraquecimento do mercado imobiliário, avançando que as probabilidades de uma recessão nos Estados Unidos variam entre 33% e 50%.
Em consequência, o crescimento norte-americano deve desacelerar nos próximos meses, «atingindo o ponto mínimo no início de 2008».
Sobre os efeitos externos, Greenspan reconheceu que a Europa tem sofrido mais os seus efeitos, que chegaram apenas de forma «marginal» à Ásia.
Para um arrefecimento da crise, a resposta «está numa estabilização dos preços das casas», mas o reequilíbrio de preços pode gerar uma «redução do consumo privado».
Na conferência organizada pelo «Diário Digital» e «Sol», Alan Greenspan disse ainda que a opção das instituições bancárias em optarem por empréstimos de um a dois meses em vez de taxas «overnight» está a permitir uma desaceleração das taxas do mercado monetário.
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