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Cadilhe: «Portugal está em recessão económica grave»

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O economista Miguel Cadilhe considera que Portugal está em «recessão económica grave», de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) de 2005.

É que o PEC de 2005 considera que um país está em recessão grave quando a sua economia regista um crescimento negativo num ano ou quando reduz o seu Produto potencial, mesmo que continue a crescer em termos reais, ainda que moderadamente, explicou o ex-ministro das Finanças numa exposição sobre Recessão e Política Orçamental, na Assembleia da República, organizada pelo grupo parlamentar do PSD. Nestas circunstâncias, o PEC admite excepções às regras de défice e dívida pública. E Miguel Cadilhe acredita que esta definição se aplica a Portugal.

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«Portugal devia estar a crescer 4% ao ano em vez dos 1 e tal, 2% que tem crescido nos últimos anos. Esta é uma taxa tristíssima», disse. «Tem havido um afrouxamento do Produto potencial e mesmo em termos reais, estamos a crescer abaixo do que seria normal», acrescentou, classificando a expansão da economia portuguesa desde 2000 como «decepcionante».

O problema é que «o País não está a usar» a possibilidade de excepção consagrada no PEC. Ou seja, estando em crise, o País poderia afrouxar as políticas repressivas dos últimos anos e encetar antes medidas anti-cíclicas, que criassem uma «bolha» de oxigénio aos agentes económicos e à própria economia nacional, o que não tem acontecido.

«Nos últimos 15 anos, Portugal tem sido objecto de opções de fundo, políticas e económicas, erradas, que têm sido erros graves na condução do País». Mas, acrescenta, «a corrente dominante do pensamento económico não pensa assim».

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