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BCE pressionado a não subir juros

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A Reserva Federal surpreendeu ao descer os juros nos EUA em 0,5 pontos percentuais. Os economistas acreditam que, na Europa, o Banco Central adiará a próxima subida.

A Reserva Federal Americana baixou ontem a taxa de juros para os 4,75%, a primeira redução nos juros dos últimos quatro anos, e deixou em aberto a possibilidade de voltar a baixar o preço do dinheiro, cita o «Diário Económico».

Face a um corte de meio ponto percentual nas taxas de juro dos Estados Unidos, os economistas acreditam que o Banco Central Europeu está agora pressionado a manter a taxa directora nos 4%.

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«O BCE deverá prolongar o adiamento nas subidas programadas da taxa de juros», explicou Luís Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças, contactado pelo DE.

António Nogueira Leite, ex-secretário de Estado do Tesouro, é da mesma opinião e sublinha que «não acredita que neste momento o BCE seja capaz de subir a taxa de juros». «A decisão prudente agora é monitorizar cuidadosamente o mercado», acrescenta. Já Miguel Beleza, ex-ministro das Finanças, garantiu, por sua vez, que o BCE não será pressionado a descer os juros.

A Reserva Federal norte-americana decidiu cortar a taxa directora em 0,50 pontos percentuais na sequência da crise financeira do crédito das hipotecas que abalou os mercados e a confiança dos consumidores em todo o mundo.

«Os últimos desenvolvimentos nos mercados financeiros aumentaram as incertezas relativamente às perspectivas económicas», pode ler-se no comunicado emitido pelos governadores da Fed logo após a reunião decisiva. Os banqueiros garantem ainda que vão estar atentos à estabilidade dos preços e ao crescimento económico.

A notícia do corte da taxa de juros norte-americana de 5,25% para 4,75% foi recebida com algum espanto pelos economistas. O corte de 0,50 pontos percentuais na taxa directora pode «espalhar o pânico» entre os investidores, explica Rui Constantino, economista-chefe do Santander. Paula Carvalho, economista do BPI adianta que «com uma grande descida dos juros, os investidores podem ficar desconfiados de que o banco central norte-americano sabe mais dados negativos sobre a actual situação financeira».

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