Esta é a conclusão de um estudo pan-europeu realizado para a Fidelity Internacional pela consultora TNS em 9 países da Europa, que indica igualmente que só apenas 25% dos portugueses assume que já começou a poupar com o objectivo de preparar a reforma, enquanto que 22% tem intenções de fazê-lo, embora ainda não tenha iniciado. Uma minoria de 9% revela não saber se irá preparar-se financeiramente para a reforma.
Os países do norte da Europa demonstraram ser mais sensíveis a esta questão, 79% dos suecos, 77% dos alemães e 72% dos suíços já tomaram medidas para financiar as suas pensões de reforma.
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Portugal é o país europeu com o maior número de cidadãos que ainda não começou a preparar a sua reforma, (cerca de 44%) nem planeia fazê-lo. Seguem-se Itália com 32%, e Espanha com 27%.
Segundo o Director-Executivo da Fidelity para o Sul da Europa, Rafael Febres-Cordero, «este estudo demonstra que como indústria teremos de fazer um maior esforço em informar as pessoas, em particular os jovens, sobre as formas e métodos de preparar a sua reforma. É importante perceber que ao eleger um produto para preparar a reforma é fundamental optar por uma alternativa que se adapte ao perfil e necessidades de cada investidor. Como qualquer produto de investimento, um plano de pensões tem de se ajustar ao perfil de risco/rentabilidade individual de cada investidor e deverá cumprir objectivos de longo prazo».
Portugueses não estão informados sobre como preparar a reforma
Ainda que 55% dos portugueses preveja que o valor das pensões será menor no futuro, estão entre os europeus que menos preparam a reforma. O nível de desconhecimento face a este tema é mais significativo quando se percebe que Portugal tem a mais alta taxa de pessoas que não sabem se a sua futura pensão será superior ou inferior aos níveis actuais.
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O interesse pela preparação da reforma diminui à medida que diminui também a idade. Apenas 18% dos portugueses com idade inferior a 35 anos afirma já ter começado a preparar a sua reforma, ao contrário do que acontece por exemplo na Alemanha onde 77% da população desta faixa etária já iniciou um plano de financiamento.
Ainda assim, quando questionados relativamente ao momento da vida em que deverão começar a preparar a sua reforma, cerca de um terço dos portugueses (33%) considera que este planeamento deverá acontecer assim que se inicia a actividade profissional.
Não há dinheiro para colocar de parte
No que diz respeito às razões apontadas para o facto de ainda não terem iniciado um plano de preparação para a reforma, 31% dos portugueses afirma não dispor de dinheiro para colocar de parte e 26% considera-se muito novo para pensar nisso.
Em comparação com os restantes europeus, os portugueses apontam um número muito inferior de razões para não terem ainda iniciado planos para a reforma, sendo que a falta de dinheiro parece ser a razão principal.
Não é por isso surpreendente que 41% dos portugueses pense que terá de continuar a trabalhar mesmo depois de se reformar, com 19% dos inquiridos a considerar que desta forma irá fazer face ao pouco rendimento obtido com a reforma.
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