A opinião é do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, que está esta quinta-feira no Parlamento para apresentar, perante a Comissão de Orçamento e Finanças, o Orçamento do Estado para 2008.
Em resposta às interpelações do deputado social-democrata Mário Patinha Antão, o ministro admitiu que «o desemprego é o problema mais sério que a economia enfrenta, porque não se resolve com actos de vontade, tem de ser resolvido pela economia», disse.
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Teixeira dos Santos sublinhou aqui o papel do sector privado e empresarial, do seu dinamismo e do aumento da produção.
O problema do desemprego, diz, é tanto mais grave «porque não é meramente conjuntural. A economia portuguesa está a atravessar um processo de reestruturação em termos produtivos e por isso, o desemprego em Portugal tem características estruturais».
O ministro lembrou que, tendo em conta a alteração do modelo produtivo, os portugueses só conseguirão novos empregos se tiverem formação e qualificação adequadas e, por isso mesmo, sublinhou, «há um aumento de 50% nas verbas destinadas à formação profissional. São mais de 500 milhões de euros destinados a estas áreas».
De resto, recordou, há também um reforço das verbas comunitárias a aplicar nesta matéria.
«Só vejo dois caminhos para combater o desemprego: relançar o crescimento da economia de forma sustentada, e aqui já há sinais positivos, e apostando em políticas de formação e requalificação e esta é uma aposta forte do Orçamento do Estado para 2008», disse.
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